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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

1º DE DEZEMBRO DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS


O dia mundial de luta contra a AIDS surgiu com apoio da Organização das Nações Unidas – ONU, durante a Assembleia Mundial de Saúde, em outubro de 1987. Esta data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/AIDS, numa tentativa de superação das barreiras que dificultam os trabalhos dos agentes. Essas barreiras são principalmente o preconceito e a discriminação contra as pessoas que vivem com HIV/AIDS, que dificultam inclusive o apoio adequado a assistência e ao tratamento da Aids bem como o seu diagnóstico.
O que é AIDS? Em linhas gerais podemos dizer que a AIDS é uma deficiência no sistema imunológico, associada com a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana HIV – (Human Immunodeficiency Virus), provocando aumento na susceptibilidade a infecções oportunistas e câncer.

Como pega HIV? Através de todos os tipos de relações sexuais sem proteção; uso compartilhado de agulhas e seringas no caso de uso de drogas injetáveis; a mãe infectada passa para o bebê na gestação, parto e amamentação; transfusão de sangue contaminado e instrumentos que cortam ou furam, não esterilizados.
 Tratamento: atualmente a terapia com os chamados “anti-retrovirais” proporciona melhoria da qualidade de vida, redução da ocorrência de infecções oportunistas, redução da mortalidade e aumento da sobrevida dos pacientes. O Brasil já é modelo no tratamento para a Aids, através do coquetel, que hoje é considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) uma referência para o mundo. O maior desafio hoje é quebrar o preconceito contra a doença.
È importante ressaltar: A Aids não é transmitida pelo beijo, abraço, toque, compartilhando talheres, utilizando o mesmo banheiro, pela tosse ou espirro, praticando esportes, na piscina, praia e, antes de tudo, não se pega Aids dando a mão ao próximo, seja ele ou não soropositivo. Qualquer pessoa pode pegar HIV. A AIDS será vencida através do comprometimento de todos, informação cuidado, tratamento, vencer o preconceito e a discriminação são ações que ajudam a controlar a epidemia.

A AIDS em números: No mundo 33 milhões de pessoas vivem com HIV; 25 milhões já morreram; são 12 mil novas infecções por dia. No Brasil Segundo o senso demográfico de 2011, o Brasil possui uma população de aproximadamente 190.732.694 pessoas.[1] Desde o início da AIDS no país, em 1980, até os últimos dados oficiais, em Junho de 2011, registraram-se 608.230 casos de Aids.[2] É importante destacar que, em 2010, tivemos no Brasil 34.218 casos da doença registrados. Isso equivale a 17,9 casos para cada 100 mil habitantes. “A cada dia, no mundo, 16.000 pessoas se contaminam com o vírus da Aids (HIV), das quais 50 %, ou seja, 8.000 indivíduos são jovens entre 15 e 24 anos.”[3]

A Igreja e a AIDS: tentando dar uma resposta à epidemia é que surgiu, dentro Igreja Católica, hoje aberta a outras denominações, a Pastoral da AIDS. A referida pastoral procura capacitar os cristãos, levando-os a um comprometimento no trabalho de prevenção e assistência. É a Igreja comprometida para que a vida prevaleça, segundo o ensinamento de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida”. Assim, a Pastoral da AIDS procura dar algumas respostas a epidemia: buscar e partilhar informações corretas; cuidar de si e dos outros; falar sobre AIDS na família, na escola, no trabalho, na comunidade; acompanhar pessoas que vivem com HIV/AIDS; evitar preconceito e discriminação; fazer valer o direito à saúde, com medicamentos, exames assistência; exigir saúde integral e humanizada. O Documento de Aparecida considera como prioridade fomentar uma pastoral com pessoas que vivem com HIV AIDS, em seu amplo contexto e em seus significados pastorais.
Como todos podem contrair o HIV, é importante fazer o exame para saber se está com o vírus, independente do resultado. Caso seja positivo possibilita melhor tratamento, evita doenças oportunistas e, se necessário, adota uso de medicação. Se o resultado do exame for negativo, você renova o compromisso de cuidado e prevenção consigo e com os outros. O teste é sigiloso e o tratamento é gratuito. Diante disso, a pastoral assume o compromisso de prestar um “Serviço de prevenção ao HIV e assistência aos soropositivos: “A Igreja assume este serviço e, sem preconceitos, acolhe, acompanha e defende os direitos daqueles e daquelas que foram infectados pela Aids. Faz também o trabalho de prevenção, pela conscientização dos valores evangélicos, sendo presença misericordiosa e promovendo a vida como bem maior.” (Diretrizes Gerais da CNBB 2003-2006, n. 123).
A diocese de Santa Maria através da pastoral da DST/AIDS quer ser uma presença na vida das famílias e principalmente dos que são infectados com vírus. A pastoral tem como objetivo é mobilizar a sociedade santa mariense e todos aqueles que são cristãos para respeitar, garantir, ajudar e apoiar os que vivem com o vírus da Aids. Esta mesma pastoral procura engajar todas as pessoas de boa vontade na prevenção e na luta contra a Aids. A pastoral de DST/Aids tem como estratégia e método de trabalho distribuir materiais formativos e informativos sobre a doença como cartazes, folhetos, spots e mensagens em diferentes meios de comunicação. Promove debates, encontros, treinamentos para informar os católicos e a sociedade sobre a Aids e a sua prevenção. Ela usa os espaços da Igreja e da sociedade para conscientizar as pessoas sobre os riscos e perigos da Aids.
Através da Pastoral DST/Aids, a Igreja de Santa Maria está respondendo profeticamente na luta contra a Epidemia que atinge homens, mulheres e crianças na nossa cidade. A tarefa da pastoral é formar pessoas e agentes para ajudá-la a informar, prevenir e cuidar daqueles que estão infectados pelos vírus. A Igreja, por meio dessa pastoral, tem buscado uma prática conjunta com outros órgãos governamentais e não governamentais. É necessário criar redes de comunicação e de informação para combater a doença. Penso que buscando respostas e soluções conjuntas em Santa Maria e no resto do mundo poderemos ser bem sucedidos na luta contra a Aids.

Pastoral da AIDS - Santa Maria
Pe. Vanderlei Luiz Cargnin - assessor.





[1] Cf. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Online.
[3] KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço e do Programa Saúde e Direitos – Projeto Aids e Igrejas. AIDS E IGREJAS: um convite à ação. P. 9. Online.