O dia mundial de luta contra a AIDS surgiu com apoio da
Organização das Nações Unidas – ONU, durante a Assembleia Mundial de Saúde, em
outubro de 1987. Esta data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a
compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/AIDS, numa
tentativa de superação das barreiras que dificultam os trabalhos dos agentes.
Essas barreiras são principalmente o preconceito e a discriminação contra as
pessoas que vivem com HIV/AIDS, que dificultam inclusive o apoio adequado a
assistência e ao tratamento da Aids bem como o seu diagnóstico.
O que é AIDS? Em linhas gerais podemos dizer que a AIDS é uma deficiência no sistema imunológico, associada com a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana HIV – (Human Immunodeficiency Virus), provocando aumento na susceptibilidade a infecções oportunistas e câncer.
O que é AIDS? Em linhas gerais podemos dizer que a AIDS é uma deficiência no sistema imunológico, associada com a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana HIV – (Human Immunodeficiency Virus), provocando aumento na susceptibilidade a infecções oportunistas e câncer.
Como pega HIV?
Através de todos os tipos de relações sexuais sem proteção; uso compartilhado
de agulhas e seringas no caso de uso de drogas injetáveis; a mãe infectada
passa para o bebê na gestação, parto e amamentação; transfusão de sangue
contaminado e instrumentos que cortam ou furam, não esterilizados.
Tratamento:
atualmente a terapia com os chamados “anti-retrovirais” proporciona melhoria da
qualidade de vida, redução da ocorrência de infecções oportunistas, redução da
mortalidade e aumento da sobrevida dos pacientes. O Brasil já é modelo no
tratamento para a Aids, através do coquetel, que hoje é considerado pela OMS
(Organização Mundial de Saúde) uma referência para o mundo. O maior desafio
hoje é quebrar o preconceito contra a doença.
È importante ressaltar: A
Aids não é transmitida pelo beijo, abraço, toque, compartilhando talheres,
utilizando o mesmo banheiro, pela tosse ou espirro, praticando esportes, na
piscina, praia e, antes de tudo, não se pega Aids dando a mão ao próximo, seja
ele ou não soropositivo. Qualquer pessoa pode pegar HIV. A AIDS será vencida
através do comprometimento de todos, informação cuidado, tratamento, vencer o
preconceito e a discriminação são ações que ajudam a controlar a epidemia.
A AIDS em números: No
mundo 33 milhões de pessoas vivem com HIV; 25 milhões já morreram; são 12 mil
novas infecções por dia. No Brasil Segundo o senso demográfico de 2011, o
Brasil possui uma população de aproximadamente 190.732.694 pessoas.[1]
Desde o início da AIDS no país, em 1980, até os últimos dados oficiais, em
Junho de 2011, registraram-se 608.230 casos de Aids.[2]
É importante destacar que, em 2010, tivemos no Brasil 34.218 casos da doença
registrados. Isso equivale a 17,9 casos para cada 100 mil habitantes. “A cada
dia, no mundo, 16.000 pessoas se contaminam com o vírus da Aids (HIV), das
quais 50 %, ou seja, 8.000 indivíduos são jovens entre 15 e 24 anos.”[3]
A Igreja e a AIDS: tentando dar uma resposta à epidemia é que surgiu, dentro Igreja Católica, hoje aberta a outras denominações, a Pastoral da AIDS. A referida pastoral procura capacitar os cristãos, levando-os a um comprometimento no trabalho de prevenção e assistência. É a Igreja comprometida para que a vida prevaleça, segundo o ensinamento de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida”. Assim, a Pastoral da AIDS procura dar algumas respostas a epidemia: buscar e partilhar informações corretas; cuidar de si e dos outros; falar sobre AIDS na família, na escola, no trabalho, na comunidade; acompanhar pessoas que vivem com HIV/AIDS; evitar preconceito e discriminação; fazer valer o direito à saúde, com medicamentos, exames assistência; exigir saúde integral e humanizada. O Documento de Aparecida considera como prioridade fomentar uma pastoral com pessoas que vivem com HIV AIDS, em seu amplo contexto e em seus significados pastorais.
Como todos podem contrair o HIV, é importante fazer o exame para
saber se está com o vírus, independente do resultado. Caso seja positivo
possibilita melhor tratamento, evita doenças oportunistas e, se necessário,
adota uso de medicação. Se o resultado do exame for negativo, você renova o
compromisso de cuidado e prevenção consigo e com os outros. O teste é sigiloso
e o tratamento é gratuito. Diante disso, a pastoral assume o compromisso de
prestar um “Serviço de prevenção ao HIV e assistência aos soropositivos: “A
Igreja assume este serviço e, sem preconceitos, acolhe, acompanha e defende os
direitos daqueles e daquelas que foram infectados pela Aids. Faz também o
trabalho de prevenção, pela conscientização dos valores evangélicos, sendo presença
misericordiosa e promovendo a vida como bem maior.” (Diretrizes Gerais da CNBB 2003-2006, n. 123).
A diocese de Santa Maria através da
pastoral da DST/AIDS quer ser uma presença na vida das famílias e
principalmente dos que são infectados com vírus. A pastoral tem como objetivo é mobilizar a sociedade santa mariense e todos
aqueles que são cristãos para respeitar, garantir, ajudar e apoiar os que vivem
com o vírus da Aids. Esta mesma pastoral procura engajar todas as pessoas de
boa vontade na prevenção e na luta contra a Aids. A pastoral de DST/Aids tem
como estratégia e método de trabalho distribuir materiais formativos e
informativos sobre a doença como cartazes, folhetos, spots e mensagens em
diferentes meios de comunicação. Promove debates, encontros, treinamentos para
informar os católicos e a sociedade sobre a Aids e a sua prevenção. Ela usa os
espaços da Igreja e da sociedade para conscientizar as pessoas sobre os riscos
e perigos da Aids.
Através da Pastoral DST/Aids, a Igreja de
Santa Maria está respondendo profeticamente na luta contra a Epidemia que
atinge homens, mulheres e crianças na nossa cidade. A tarefa da pastoral é
formar pessoas e agentes para ajudá-la a informar, prevenir e cuidar daqueles
que estão infectados pelos vírus. A Igreja, por meio dessa pastoral, tem
buscado uma prática conjunta com outros órgãos governamentais e não
governamentais. É necessário criar redes de comunicação e de informação para
combater a doença. Penso que buscando respostas e soluções conjuntas em Santa
Maria e no resto do mundo poderemos ser bem sucedidos na luta contra a Aids.
Pastoral da AIDS - Santa Maria
Pe. Vanderlei Luiz Cargnin - assessor.
[1] Cf.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Online.
[3] KOINONIA
Presença Ecumênica e Serviço e do Programa
Saúde e Direitos – Projeto Aids e Igrejas. AIDS E IGREJAS: um convite à
ação. P. 9. Online.
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