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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Como a tecnologia pode decifrar o código da AIDS

Softwares desenvolvidos por cientistas da Microsoft Research estão ajudando a elaborar a tão sonhada vacina contra a Aids


A síndrome da imunodeficiência adquirida, mais conhecida por sua abreviação em inglês, Aids, é um mal que leva cerca de 5 mil pessoas à morte diariamente no mundo todo. É uma doença sem cura, cujo tratamento é caro. Mas cientistas ao redor do globo trabalham para fabricar uma vacina contra a doença. "Uma das razões pelas quais a elaboração de uma vacina que nos proteja dela ainda não foi bem-sucedida é a alta taxa de mutação do seu vírus, o HIV", assinala David Heckerman, diretor sênior do grupo de Ciência da Microsoft Research.
Para se ter uma ideia, o HIV sofre tantas mutações no corpo humano que o vírus de uma pessoa será diferente do de outra, mesmo que a primeira tenha infectado a segunda. O corpo humano tem uma defesa viral que precisa reconhecer a ameaça. Então, se pensarmos que nosso sistema imunológico é formado por "soldados", esses são facilmente despistados pelo HIV. "Um vírus da Aids no corpo de uma pessoa sofre tantas mutações, se não mais, quanto o vírus da gripe durante sua existência", ressalta Heckerman.







Vacina contra o HIV

Há seis anos, David Heckerman e colegas estudam um modo de desenvolver a vacina contra o HIV. Eles notaram algo importante para combater essa doença grave: o vírus sofre inúmeras mutações. Essa informação é valiosa, porque mostra que os métodos tradicionais de desenvolvimento de vacina não funcionam com o HIV.
Explicando de forma simplificada, a vacina tradicional é constituída por uma cópia enfraquecida do causador da doença, que leva o sistema imunológico a preparar anticorpos para combatê-lo. No caso do HIV, a taxa de mutação é tão alta que há o risco de o corpo produzir a defesa errada. Portanto, é necessário um estudo sobre como achar um meio de identificar o vírus, mesmo que ele sofra mudanças.



Fonte: Revista Planeta

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