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terça-feira, 9 de agosto de 2011

A IMPORTÂNCIA DA VITAMINA D NA SAÚDE DAS PESSOAS COM HIV/AIDS


A importância da Vitamina D tem sido cada vez mais estudada nos últimos anos. E observou-se que pessoas com HIV/aids têm maior grau de dificiência. As vitaminas são definidas como um componente essencial dos alimentos de que o organismo necessita em pequenas concentrações, mas que não pode produzir por conta própria e, portanto, devem ser ingeridas por meio de alimentos ou suplementos. A vitamina D é uma exceção, porque, ao contrário de outras vitaminas, o organismo pode produzi-la.
A vitamina D é produzida a partir de uma molécula na pele com estrutura parecida ao colesterol que é, então, transformada na forma ativa da vitamina D por exposição aos raios ultra violeta (UV) do sol. A deficiência de vitamina D foi identificada pela primeira vez em crianças com raquitismo, e os adultos podem desenvolver osteomalacia, caracterizada pelo enfraquecimento dos músculos e ossos.
O reconhecimento da importância da vitamina D para o desenvolvimento dos ossos levou o FDA (agência reguladora dos Estados Unidos) a determinar, anos atrás, que laticínios fossem fortificados com 100 UI de vitamina D por 100 ml. Infelizmente, há uma redução gradativa do consumo de leite que, somada às advertências dos dermatologistas sobre os efeitos nocivos dos raios UV e da importância do uso do proteção solar, resultounuma epidemia de deficiência de vitamina D.
A importância da vitamina D na saúde óssea é particularmente relevante para os jovens, cujos ossos estão se desenvolvendo, e para os idosos, cujos ossos estão enfraquecendo. Mas seu papel vai além da saúde dos ossos. Foi comprovado que ela pode preservar a força muscular e proteger contra doenças fatais, como a diabetes, esclerose múltipla e até mesmo câncer, além de ser uma força poderosa na regulação do crescimento celular, metabolismo energético e imunidade.
O papel da vitamina D, em um sistema imunológico saudável ainda está para ser definido, mas sabemos que as células CD4 e CD8 têm receptores de vitamina D e a ativação desses receptores pode ter grande impacto na função imunológica. Além disso, a vitamina D tem um papel importante na prevenção da inflamação celular, considerada atualmente responsável por muitos dos principais problemas de saúde enfrentados pelas pessoas com HIV/aids, especialmente as doenças cardiovasculares, incluindo diabetes e hipertensão. A deficiência de vitamina D também pode causar a doença do intestino irritável e artrite reumatóide. A disfunção cognitiva,
uma grande preocupação com o envelhecimento da população, também tem sido associada a baixos níveis de vitamina D. Por todas estas razões, a vitamina D tem assumidoum papel fundamental na manutenção de uma boa saúde e na redução de comobirdades em pacientes com sistema imunológico comprometido.
Então como vamos abordar a questão do baixo nível de vitamina D? Sabemos que apenas 30 minutos de exposição ao sol no verão podem gerar grandes quantidades de vitamina D e, por essa razão, os moradores dos trópicos costumam ter níveis mais altos. Viver distante da linha do equador tem um impacto negativo na manutenção de níveis adequados de vitamina D e ter o pigmento da pele mais escuro também pode afetar seriamente a capacidade de uma pessoa de fabricar vitamina D.
Os Estados Unidos recentemente reavaliaram suas recomendações sobre a suplementação de vitamina D e agora recomendam 800 UI de vitamina D/ dia por meio de alimentos, exposição ao sol e suplementos. Infelizmente, essa quantidade não é suficiente para elevar o nível de vitamina D aos padrões desejados. A maioria dos especialistas recomenda níveis maiores de suplementação, entre 1000-2000 UI / dia. A vitamina Dé um suplemento seguro com pouca chance de toxicidade ou de superdosagem. A hipercalcemia é o maior risco, mas só é visto com níveis de vitamina D muito superiores ao que se obtém com a suplementação de
rotina.

Dr. Anthony Mills
Diretor Médico de clínica de saúde integral em Los Angeles, Estados Unidos.
-Publicado na Revista Saber Viver versão On line

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